O texto a seguir, é uma análise do livro “Depois Daquela Viagem”, da Editora Ática.
Sou soro positivo
O livro “Depois Daquela Viagem”, escrito por Valéria Piassa Polizzi, conta a história de sua própria vida, com ênfase na sua vivência com a AIDS. A obra narra desde quando a doença foi adiquirida, passando pelo processo de tratamento da mesma até a superação e anúncio aos amigos, o que levou a autora a compor o livro. A escritora possui um estilo casual e informal para escrever, o que torna a leitura agradável e rápida. O livro pertence ao gênero literário, já que apresenta diversos personagens, ambientes e busca narrar a relação de uma pessoa com o HIV.
Em síntese, o livro apresenta como foi o contágio, que aconteceu com o primeiro namorado de Valéria em sua primeira relação sexual, aos quinze anos. Em seguida apresenta seus amigos e como lidava com eles em várias situações constrangedoras, como a demostração de preconceito a portadores do vírus por parte de uma amiga. Após se formar como atriz, Valéria seu muda para os Estados Unidos onde faz um curso de inglês e novas amizades, inclusive com o médico Gust, que muda a maneira como ela vê sua doença. Finalizando, a personagem regressa ao Brasil, local em que ela possui complicações médicas e ganha o apoio de sua família e amigo no tratamento da AIDS.
O livro gira em torno da maneira como
a autora lida com sua doença e de temas secundários como o preconceito e
os esteriótipos, como quando é discriminada pela própria colega de quarto. Como
abordagem principal, ou seja, aquela em que o livro gira em torno, temos a
AIDS. Já como abordagens secundárias observamos o preconceito não só em relação
a DST, mas também a outros assuntos, como a cultura dos países e a etnia das pessoas.
Além disso, observamos a ética e relações interpessoais em discussão quando
Valéria e Lucas, um grande amigo, têm diversas conversas a respeito de
relacionamentos e em sua relação com o médico inicialmente chamado de “infecto”
e em seguida denominado de “afecto”, por exemplo.
Outro ponto de destaque no livro é a diferença de como o a doença
causada pelo vírus HIV é tratada e vista no Brasil e nos EUA. Percebemos, a
primeira vista, que Valéria faz uma crítica à forma como era feito o tratamento
em território nacional, onde a AIDS era relacionada à morte por médicos e
campanhas de saúde pública. Já no país estrangeiro, a doença era vista de uma
maneira completamente diferente, onde com os tratamentos adequados o portador
poderia ter uma vida relativamente normal e prolongada.
Entretanto, no final da obra a autora já enxerga os médicos brasileiros
de uma nova maneira, como profissionais que pensam que a pessoa pode sim ter
uma vida de qualidade após uma relação
com os doutores “Anjo” e “Afecto”.
Por: Gustavo Carvalho
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