Em 1500, os portugueses chegaram ao Brasil e tiveram o primeiro contato com os indígenas que aqui viviam. O choque foi imediato. Tanto o povo lusitano, quanto os nativos ficaram surpresos com a diferença entre seus hábitos e pensamentos. Os exploradores vestiam roupas detalhadas e bem trabalhadas, mas inadequadas ao clima da nova colônia. Já o “povo da selva” vivia despido e em sintonia com a natureza. Imediatamente uma relação, que perdura até os dias de hoje, foi iniciada. Julgando sua cultura superior, portugueses “auxiliaram” os indígenas a seguir o caminho da salvação por meio de Deus . Porém, a máscara de “salvadores” logo foi despida. Os nativos logo abriram os olhos e perceberam a dominação e exploração que acontecia. Uma imposição econômica e cultural já estava consolidada e assim se mantém até a atualidade.
Hoje, após anos de conflitos, a imensa maioria indígena já foi exterminada. O que remanesceu, já está praticamente aculturada e sem terra. São constantes os conflitos entre indígenas, governo e empresários. Em nome do progresso, novos empreendimentos são realizados provocando invasões a áreas de reserva indígena e proteção ambiental, geralmente associadas. O problema é delicado já que existem divesos tipos de áreas de proteção, uma visível dificuldade governamental de fiscalização e preservação das áreas e incontáveis interesses capitalistas, humano-culturais e ambientais, por exemplo.
É de conhecimento nacional a constante prática de corrupção por parte dos governantes, de forma que o problema dos nativos, assim como tantos outros, não tenha sua atenção dimensionada. Em busca de benefícios próprios, mandatários previlegiarão o interesse capitalista, em detrimento do indígena e ambiental. E assim segue o confronto. Da mesma forma que, no período de colonização previlegiou-se a busca de riquezas da colônia para enviar a metrópole, hoje, procura-se explorar as reservas para exportar os recursos. Os tempos mudaram, a atitude predatória não.
                O conflito persistirá até que exista um posicionamento favorável de ambas as partes envolvidas. Se há um descaso por parte da massa política, também existem diversas atitudes indígenas não condizentes com a Constituição. Não são raras as práticas de calúnia, difamação e agressão por parte dos nativos. Em busca de maiores posses de terra e de reforsar a imagem de vítima, muitas falsas acusações são criadas contra o exército, que protege a área, e povos vizinhos. Quando seus direitos não são respeitados, em casos de invasão para a prática do garimpo, por exemplo, conflitos sangrentos são provocados, gerando, muitas vezes, mortes.
                Nesse cenário atual, iniciado nos primódios da história do Brasil, espera-se que aconteça um acordo pacífico e, principalmente, efetivo. De nada adianta a Constituição Federal e o Estatuto do Índio, se as leis ficam apenas no papel. São necessárias práticas concretas que beneficiam tanto os índios quanto o país. Assim, é preservado esse patrimônio cultural tão importante que já está praticamente extinto.

Por Gustavo


Confira o texto produzido pelo aluno João Paulo Garcia a respeito dos pensamentos do filósofo Aristóteles sobre temas atuais como a Justiça e Igualdade

Aristóteles: Justiça como Virtude

O desenvolvimento do tema justiça na teoria de Aristóteles tem sede no campo ético, ou seja, no campo do saber que vem definido como saber prático. É da opinião dos sábios, da opinião do povo, da experiência prática, avaliados e analisados criticamente, dentro de uma visão de todo o problema que surgiu uma concepção propriamente aristotélica, ou seja, um debate ético.
Aristóteles trata a justiça entendendo-a como uma virtude, tornando-se o foco das atenções de um ramo do conhecimento humano que se dedica ao estudo do próprio comportamento humano.  A ciência prática, intitulada ética, cumpre investigar e definir o que é justo e o injusto, o que é ser temerário e o que é ser corajoso ... portanto trata-se de uma aptidão ética humana que apela para a razão prática, ou seja, pela capacidade humana de eleger comportamentos para a realização de fins.
 Porém a investigação ética não se destina a especulação (ciências teoréticas) ou a produção (ciências produtivas), mas a pratica; o conhecimento ético, o conhecimento do justo e do injusto, do bom e do mau, ou seja, não somente o conhecimento do que seja justo ou injusto faz do individuo um ser mais ou menos virtuoso.
Tudo parte da reflexão que faz do homem um ser gregário, e isto por natureza. Não só. Além de gregário para subsistência, é também político. Se por natureza, político, e por natureza, racional, então o homem exerce essa sua racionalidade no convívio político. Não de outra forma a racionalidade humana se exerce, senão em sociedade, na polis, e assim por meio do discurso (lógos). A polis na acepção de Aristóteles conferem ao termo, não é qualquer comunidade de homens; é, sim uma comunidade humana soberana e auto-suficiente, autárquica, com vistas ao melhor e não simplesmente a satisfação das necessidades básicas de subsistência.
A justiça não se realiza sem a plena aderência da vontade do praticante do ato justo a sua conduta. Aquele que pratica atos justos não necessariamente é um “homem justo”; pode ser um “bom cidadão”, porem não será jamais um “homem justo” ou um “homem bom” de per si. O “bom cidadão” desaparecida a sociedade nada carregaria consigo se não a consciência livre de ter cumprido seu dever social. O “homem bom” é, ao contrario, por si mesmo, independentemente da sociedade, completo em sua interioridade; a justiça lhe é uma virtude vivida, reiterada e repisada por meio da ação voluntaria.
Deve-se dizer que a justiça não e única; Aristóteles distingue suas espécies para melhor compreender o fenômeno em sua integralidade e de modo a recobrir todas as aparições conceituais possíveis da justiça. A justiça total vem contemplada pela noção de justiça particular, corretiva, presidida pela noção de igualdade aritmética (comutativa, nas relações voluntarias; reparativa, nas relações involuntárias) ou distributivas, presidida pela noção de igualdade geométrica. A justiça também é exercida nas relações domésticas ou políticas.

Por: João Paulo Garcia


Análise


Texto do livro “Melhor do conto brasileiro”, “A casa do morro branco” é um texto curto e ficcional. A narrativa gira em torno da história de diversas gerações de uma família com diversos problemas. Acredita-se que o lugar onde eles viveram é assombrado e esconderijo de uma enorme herança da linhagem, sendo o precursor de todos os males.  O conto é subdividido em três trechos:  “O avô”, que foca em seu Chico Aruéte, o patriarca; “O filho”, que narra os feitos do primogênito José Spartacus; e, por últlimo, “O neto”, que conta a história de Chiquinho, o último integrante da descendência.
Como uma montanha-russa, o conto possui vários momentos de tensão e calmaria. Entretanto, a cereja do bolo foi cuidadosamente colocada no final do texto. Durante todo o processo narrativo, é visível que há um conflito envolvendo uma suposta herança guardada e a ganância de muitos. Ocorrem suspeitas de crimes envolvendo interesse no montante, acusações, até chegar a um assassinato comprovado. O que não fica claro, porém, é se a herança, supostamente escondida, foi encontrada ou não por um grupo de criminosos. Fato que trás um ar de mistério a conclusão do clímax.
Como o próprio título já diz, toda a sequência de fatos se passa em um morro branco. O lugar é levemente mais alto que as redondezas e possui um caminho de calcário rasgado que nos leva a crer que há neve em sua superfície, quando visto a certa distância. O morro está situado em uma pequena vila, e a casa da família, no morro. Cronologicamente falando, a narrativa foge um pouco da regra. Por se tratar de toda uma árvore genealógica de uma família, o tempo não é reduzido, como de costume.
Em relação a narração dos fatos, não há outra possibilidade se não a em terceira pessoa, já que a azarada família foi completamente extinta. Por se tratar de um fato que aconteceu há muito tempo, a narrativa apresenta verbos no passado e utiliza-se uma linguagem coloquial, devido a informalidade que a escritora Rachel de Queiroz propôs a obra.
Além disso, existe um foco na  descrisção dos fatos em deprimento da caracterização tanto física, como psicológica. Em trechos curtos, Chico é caracterizado como um pedreiro-livre, fugitivo, com dinheiro guardado, culto, sem partidos políticos e contra a existência de escravos. Seu filho, conhecido como Pataco, era desinteressado pela leitura e flauta, trabalhador e crente nos boatos de demonismo do pai. O último remanescente, Chiquinho - que possuía o mesmo nome do avô – era completamente antissocial, solteiro e desqualificado, já que não sabia nem sequer ferra o nome.
Em síntese, o texto narra a história de uma família e seus problemas envolvendo, majoritariamente, uma “assombração” e a ganância de muitos na herança. Existem diversos trechos citando a violência, inveja, política, direitos e o respeito. Críticas sociais, pois, são feitas nessas e outras diversas passagens do conto “A casa do Morro Branco” da escritora Rachel de Queiroz. 

Novas Gerações


Era uma manhã de sábado, em que os pássaros cantavam melancolicamente, no ano de 1901, quando Maria resolveu subir no porão para procurar alguns brinquedos, onde ela achou uma caixa roxa. Curiosa ela a abriu. Dentro dessa caixa havia um pequeno jornal da época de 1825. Percebeu que nesse jornal havia um retrato semelhante a de um homem que estava em uma foto da cabeceira da cama de sua mãe. Como Maria não se conteve de tanta curiosidade, perguntou a sua mãe quem era aquele homem. Anna, sua mãe, com uma cara de sofrimento, resolveu contar-lhe que o sujeito naquela foto era amigo muito próximo – um irmão se não fosse pelo sangue - de seu tataravô , que, injustamente, fora assassinado. Despertava-se a curiosidade de uma garotinha e sua mãe não encontrou outra saída se não contar a historia. Então sentou-se com sua filha e começou o relato:
Era uma manhã de sábado onde seu tataravô corria da Confederação de Salvador, em Pernambuco, onde ele era caçado como um bandido. Como nunca conheceram seu verdadeiro nome, ele se autodenominava Chico de Aruéte. Sabia-se que ele era um pedreiro e que economizava dinheiro. Logo comprou uma casa em um morro, mas não se passou muito tempo e começaram fofocas de que ele tinha um  ‘’rolo’’ com o diabo. O porquê ninguém soube explicar, mas corriam boatos que ele não ‘’tirava o chapéu’’ quando passava de frente para a igreja, como era um povo muito religioso não gostaram nada disso. ‘’Seu Chico’’ logo arranjou uma mulher para se casar e mudou-se para uma casa, que ficava em um morro, e então pediu para seu ajidante, um moleque, que lhe trouxesse alguns objetos. Dentre esses objetos, havia uma flauta na qual o pedreiro  tocava, toda noite antes de dormir, várias musicas deprimentes. A vila, então, pensava que aquela flauta era coisa do “Cão”. Não bastasse seu instrumento musical, Aruéte matava galinhas toda sexta-feira , e, com isso, os boatos eram de que ele mandava sangrar carneiros toda véspera de Sábado.
“Seu Chico’’ tentou 5 vezes ter filhos, e apenas um menino sobreviveu. Esse garoto, seu bisavô, ganhou um nome de José Spartacus e achavam que seu sobrenome era coisa do ‘’Satanás’’. Logo seu apelido foi “Pataco”, que, assim como todos da vila, tinha medo de seu pai, no qual toda noite se benzia para tentar afastar o “Satanás”. Um certo dia, a mãe de Pataco entra no quarto de seu marido e o encontra morto, deitado na cama, com sua flauta na mão e ainda de chinelos. Logo após sua morte, todo o gado da fazenda começou a morrer misteriosamente. Pataco, então, teve a ideia de criar um moinho, onde moía suas plantações e a de seus vizinhos. Com isso ele tirava algum dinheiro para sustentá-lo e a sua mãe. Pataco casou-se 3 vezes, no primeiro casamento sua mulher morreu no parto e, em seguida, foi enterrada no morro junto com seu pai. No segundo, Pataco teve 3 filhos, onde 2 eram mulheres e 1 era homem. Sua primeira filha não se casou e morava com Pataco, a segunda casou-se com um fazendeiro e foi morar com ele, já o terceiro chamava-se Francisco Maria, como o avô, e morava também com o pai. Uma dor repentina matou sua segunda mulher. Já a terceira foi um namoro mal sucedido, onde a mulher voltou correndo para o pai, que a mandou de volta para o morro não aceitando-a de volta a sua casa. Pataco então morreu com um tiro na cabeça, de madrugada, voltando para casa, onde ninguém soube quem foi realmente o assassino. Chiquinho, filho de Pataco, não se casou. Era reservado, saia apenas para vender milho, mandioca e feijão, graças ao moinho. Logo as duas mulheres que viviam com Chiquinho morreram e, então, ele ficou só. Rapidamente espalhou-se um boato insinuando que, no morro, “Seu Chico” havia deixado várias moedas de ouro em um baú. Nesse mesmo período, um grupo de ladrões surgiu na cidade. Eles ficaram sabendo a respeito dos comentários citando que no morro havia ouro. Três dias depois, encontraram Chiquinho morto em um lago. Todos os túmulos estavam revirados e a casa do morro revirada. Dizem que os ladrões nunca encontraram o tesouro, e se encontraram, ninguém soube seu paradeiro.
Anna terminou a história muito triste, mal conseguia falar. Maria então deu-lhe um abraço e a chamou para brincar de boneca. A mãe fechou o baú, guardou-o no porão e foi para a sala brincar com sua filha.



Grupo: Gustavo Carvalho
                João Paulo Garcia
                João Pedro Granja
                João Pedro Abubakir

 No dia 5 de outubro eu tive uma experiência única que me marcou muito, que foi conhecer o centro de convivência a atenção psicossocial vida, ou apenas "mansão vida", o projeto deles e baseado no modelo cubano de clínicas, que visa deixar o local com um aspecto mais confortável e acolhedor para os internos, deixando-os mais à vontade.
 Os fatos que mais me marcaram foram que alguns internos não apreciavam a nossa presença normalmente, pois eles se sentiam como animais, em um zoológico.E a palestra com dois pacientes, que nos ensinaram vários aspectos das drogas, e sempre com a mesma moral, que a droga pode acabar com a sua vida, e a de outras pessoas, e também nos alertaram que o primeiro passo para as drogas ilícitas são as drogas lícitas, pois elas são mais aceitas pela sociedade, mesmo sendo muito nocivas a nossa saúde e viciantes, e essas drogas te levam a ter um "barato", e essa busca por esse barato nos leva a drogas mais pesadas.Além de nos ensinarem eles também nos emocionaram muito, contando relatos de suas vidas.
 Tenho que agradecer muito o Marista pelos seu diferenciado método de ensino que nos permitiu mostrar uma realidade muito diferente da habitada por nos.

Escrito por: João Filipe Marinho

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